Moacyr Pezati Rigueiro
Códigos de topografia
PARTE I CARCINOMA DA PÁLPEBRA
(C44.1)
I. Identificação
II. Informações clínicas
III. Procedimento cirúrgico
- Biópsia incisional
- Biópsia excisional
- Outro (especificar)
Margens identificadas pelo cirurgião
- Sim
- Não
Exame de congelação
- Sim
- Não
Documentação fotográfica
- Sim
- Não
IV. Exame macroscópico
Dimensões da peça ___ x ___ x ___ cm
Dimensões do tumor ___ x ___ x ___ cm
Particularidades:
Documentação fotográfica
- Sim
- Não
V. Exame microscópico e diagnóstico
V.1 Tipo histológico (subtipo ou variante histológica quando se aplica)
V.2 Grau histológico: em geral se aplica ao carcinoma espinocelular e carcinoma sebáceo. Não se usa para carcinoma de células de Merkel nem para o carcinoma basocelular.
- GX – Não pode ser avaliado
- G1 – Bem diferenciado
- G2 – Moderadamente diferenciado
- G3 – Pouco diferenciado
- G4 – Indiferenciado
V.3 Infiltração
- Não observada
- Vasos linfáticos
- Vasos sanguíneos
- Perineural
- Pagetoide
V.4 Margens cirúrgicas
- Livres (medir pelo menos a mais próxima do tumor)
- Comprometidas (discriminar)
VI. Diagnóstico final
Tipo histológico (subtipo ou variante quando se aplica) e grau de diferenciação
Infiltração
Margens cirúrgicas
Outros achados ou lesão associada
Estadiamento histopatológico (vide abaixo VIII)
VII. Comentários
As biópsias excisionais de tumores palpebrais quando são cuneiformes permitem identificação de três margens: lateral, medial e profunda. O ideal é que o cirurgião identifique com pontos ou fios as margens, porque em peças pequenas a orientação topográfica pode se tornar difícil ou até mesmo impossível. Pintar sempre com nanquim usando cores diferentes se necessário, de modo que o mesmo corte possa representar duas margens opostas de espécimes pequenos.
Os linfonodos regionais são os preauriculares ou submandibulares.
VIII. Estadiamento histopatológico
pT – Tumor primário
- pTx – Não pode ser avaliado
- pT0 – Sem evidência de tumor primário
- pTis – Carcinoma in situ
- pT1 – Tumor < ou igual a 10 mm na maior dimensão:
- pT1a – não invade placa tarsal ou borda palpebral
- pT1b – invade placa tarsal ou borda palpebral
- pT 1c – invade toda a espessura palpebral
- pT2 – Tumor > 10 mm < ou igual 20 mm
- pT2a – não invade placa tarsal ou borda palpebral
- pT2b – invade placa tarsal ou borda palpebral
- pT2c – invade toda a espessura palpebral
- pT3 – Tumor > 20 mm na maior dimensão
- pT3a – não invade placa tarsal ou borda palpebral
- pT3b – invade placa tarsal ou borda palpebral
- pT3 c – invade toda a espessura palpebral
- pT4 – Tumor invade estruturas adjacentes – olho, orbita ou estruturas faciais
- pT4 a – invade olho ou órbita
- pT4 b – invade ou erode paredes ósseas da órbita; invade seios paranasais; ou saco lacrimal; ou ducto nasolacrimal; invade cérebro
- pT (m) – tumores primários sincrônicos
- ypTNM = após terapia neoadjuvante
- rpTNM = recidiva pós tratamento
pN – Linfonodos regionais (preauriculares, submandibulares e cervicais anteriores)
- pNx – Não podem ser avaliados
- pN0 – Sem metástase em linfonodo regional
- pN1 – Metástase em um linfonodo regional ipsilateral < ou igual 3 cm
- pN2 – Metástase em um linfonodo regional ipsilateral > 3 cm, ou bilateral ou contralateral
- pN(sn) = linfonodo sentinela
- pN (f) = punção com agulha fina ou core biopsy
pM – Metástases a distância: as categorias pM0 e pMx são inválidas
- pM1 – Metástase a distância confirmada microscopicamente
PARTE II CARCINOMA DA CONJUNTIVA
(C69.0)
I. Identificação
II. Informações clínicas
III. Procedimento cirúrgico
- Biópsia incisional
- Biópsia excisional
- Outro (especificar)
Margens identificadas pelo cirurgião
- Sim
- Não
IV. Exame macroscópico
Dimensões da peça ___ x ___ x ___ cm
Tumor identificável macroscopicamente
- Sim
- Não
Dimensões do tumor ___ x ___ x ___ cm
V. Exame microscópico
V.1 Tipo histológico
V.2 Grau histológico: em geral se aplica ao carcinoma espinocelular
- GX – Não pode ser avaliado
- G1 – Bem diferenciado
- G2 – Moderadamente diferenciado
- G3 – Pouco diferenciado
- G4 – Indiferenciado
V.3 Infiltração
- Não observada
- Vasos linfáticos
- Vasos sanguíneos
- Perineural
VI. Diagnóstico final (exemplo)
Tipo histológico (subtipo ou variante quando se aplica) e grau de diferenciação
Infiltração
Margens cirúrgicas
Outros achados ou lesão associada
Estadiamento histopatológico (vide abaixo VIII)
VII. Comentários
As biópsias excisionais de lesões conjuntivais devem ser distendidas em papel de filtro pelo cirurgião imediatamente após a exérese, com indicações topográficas das margens feitas a lápis ou com tinta insolúvel em água; depois de alguns segundos a peça adere ao papel, que só então é imerso em formalina. Desse modo o patologista poderá identificar as diferentes margens nos cortes histológicos. Cores diferentes de tinta nanquim são muito úteis pois permitem que o mesmo corte histológico represente duas margens opostas. A identificação de margens é praticamente impossível se a lesão não vier distendida em papel de filtro.
Os linfonodos regionais são os preauriculares, submandibulares e cervicais.
VIII. Estadiamento histopatológico
pT – Tumor primário
- pTx – Não pode ser avaliado
- pT0 – Sem evidência de tumor primário
- pTis – Carcinoma in situ
- pT1 – Tumor < ou igual a 5 mm na maior dimensão, sem invasão de estruturas adjacentes*
- pT2 – Tumor maior que 5 mm na maior dimensão, sem invasão de estruturas adjacentes*
- pT3 – Tumor invade estruturas adjacentes, exceto órbita*
- pT4 – Tumor invade a órbita
- pT4a – Tumor invade somente partes moles
- pT4b – Tumor invade o osso
- pT4c – Tumor invade os seios paranasais
- pT4d – Tumor invade o cérebro
* Nota: Estruturas adjacentes incluem córnea, esclera, estruturas intraoculares, fórnices, conjuntiva palpebral ou tarsal, carúncula, ponto lacrimal, borda palpebral.
pN – Linfonodos regionais
- pNx – Não podem ser avaliados
- pN0 – Sem metástase em linfonodo regional
- pN1 – Metástase em linfonodo regional
- pN(sn) – linfonodo sentinela
- pN (f) – punção com agulha fina ou core biopsy
pM – Metástases a distância: as categorias pM0 e pMx são inválidas
- pM1 – Metástase a distância confirmada microscopicamente
PARTE III MELANOMA DA CONJUNTIVA
(C69.0)
I. Identificação
II. Informações clínicas
III. Procedimento cirúrgico
- Biópsia incisional
- Biópsia excisional
- Outro (especificar)
Margens identificadas pelo cirurgião
- Sim
- Não
IV. Exame macroscópico
Dimensões da peça ___ x ___ x ___ cm
Tumor identificável macroscopicamente
- Sim
- Não
Dimensões do tumor ___ x ___ x ___ cm
V. Exame microscópico
V.1 Grau histológico não se aplica aos melanomas
V.2 Infiltração
- Não observada
- Vasos linfáticos
- Vasos sanguíneos
- Perineural
VI. Diagnóstico final
Melanoma
Espessura em mm: medir a infiltração máxima a partir da superfície do epitélio (Breslow)
Infiltração
Presença ou ausência de ulceração
Presença ou ausência de regressão
Número de mitoses em 1 mm quadrado (5 campos de 400x)
Avaliação e distância das margens (pelo menos a mais próxima)
Microssatelitose (ninhos de células tumorais nitidamente separados do componente invasivo por pelo menos 1 mm de córion não acometido)
VII. Comentários
Eventualmente cortes despigmentados são necessários para a análise histológica de lesões muito pigmentadas. Os cortes e a inclusão devem ser perpendiculares para permitir a medição correta da espessura do tumor. A medição é feita a partir do topo do epitélio. Os linfonodos regionais são os preauriculares, submandibulares e cervicais.
VIII. Estadiamento histopatológico
pT – Tumor primário
- pTx – Não pode ser avaliado
- pT0 – Sem evidência de tumor primário
- pTis – Tumor confinado ao epitélio conjuntival
- pT1 – Melanoma da conjuntiva bulbar
- pT1a – Tumor de até 2,0 mm de espessura com invasão do córion
- pT1b – Tumor maior que 2,0 mm e menor que 1,5 mm de espessura com invasão do córion
- pT2 – Tumor da conjuntiva palpebral, do fórnice ou da carúncula
- pT2a – Tumor de até 2,0 mm de espessura com invasão do córion
- pT2b – Tumor maior que 2,0 mm
- pT2c – Tumor maior que 1,5 mm de espessura com invasão do córion
- pT3 – Tumor invade estruturas locais
- pT3a – olho
- pT3b – pálpebra
- pT3c – órbita
- pT3d – ducto lacrimal, saco lacrimal, seios paranasais
- pT4 – Tumor invade o sistema nervoso central
- pT(m) – tumores sincrônicos
- ypT – pós tratamento
- rpT – recidiva
pN – Linfonodos regionais (preauriculares, submandibulares, cervicais)
- pNx – Não podem ser avaliados
- pN0 – Sem metástase em linfonodo regional
- pN1 – Metástase em linfonodo regional
- pN(sn) – Linfonodo sentinela
- pN (f) – Punção com agulha fina ou core biopsy
pM – Metástases a distância: as categorias pM0 e pMx são inválidas
- pM1 – Metástase a distância confirmada microscopicamente
IX. Bibliografia
AJCC Cancer Staging Manual. 8th Ed. New York: Springer; 2017
McLean IW, Burnier MN, Zimmerman LE, Jakobiec FA. Tumors of the Eye and Ocular Adnexa. 3th series. Washington: Armed Forces Institute of Pathology, Fascicle 12, 1994.
Sobin L, Gospodarowicz M, Wittekind Ch (eds.). TNM Classification of Malignant Tumours. 7. ed. International Union Against Cancer (UICC). New York: Wiley, 2009.
Spencer WH. Ophthalmic Pathology. An Atlas and Textbook. 4. ed. Philadelphia: WB Saunders, 1996.
Yanoff M, Fine BS. Ocular Pathology. 5. ed. Philadelphia: Mosby, 2002.
WHO Classification of Tumours of the Eye, 4th Edition, Volume 12
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