A tuberculose é uma doença de curso crônico, com alta mortalidade. Sua transmissão se faz através da inalação de gotículas contaminadas por uma Micobacteria que atingem os pulmões – também conhecida como Bacilo de Koch – dando início a infecção. Geralmente se inicia nos pulmões e pode se espalhar para outros órgãos, tais como gânglios linfáticos, fígado, rins, ossos, meninges, entre outros. Seu diagnóstico, na maioria dos casos, é feito através dos achados clínicos de tosse, febre, sudorese noturna e perda de peso. A correlação destes achados com exames laboratoriais sorológicos, de cultura e radiológicos é útil na elaboração do diagnóstico definitivo da tuberculose.
Em vários casos o diagnóstico de certeza requer biópsia pulmonar ou de outros órgãos e o patologista auxilia no diagnóstico, através do encontro de estruturas histológicas características desta doença (granulomas) e também na identificação do Bacilo de Koch que é realizada por colorações específicas (coloração de Ziehl-Neelsen). Os bacilos podem ser visualizados no tecido e em material de secreção dos pulmões. Através destes achados, o patologista tem um importante papel, não só no diagnóstico do processo inflamatório, mas também auxiliando no diagnóstico diferencial com outras patologias, que possam cursar com quadro clínico semelhante.
Profª. Dra Ester Coletta
Professora Adjunta do Departamento de Patologia – EPM/UNIFESP
Médica do Departamento de Anatomia Patológica do Hospital do Servidor Público Estadual-HS