Jornal O Patologista Ed. 135_Jan/Mar_2019

12 O Patologista | 135 De alguns anos para cá, patologistas de todo o mundo des- cobriram que as redes sociais, principalmente Twitter e Fa- cebook, são também espaços onde é possível debater casos e imagens com colegas patologistas de qualquer parte do glo- bo e se comunicar com pacientes em grupos de apoio, além de até mesmo acompanhar em tempo real o que acontece nos eventos da especialidade ou discutir os desenvolvimen- tos técnicos ou regulatórios mais recentes na especialidade. Patologia e mídias sociais será o tema de uma das Conferên- cias Magnas do 32º Congresso Brasileiro de Cirurgia, com o dermatopatologista norte-americano Jerad Gardner (saiba mais na Reportagem desta edição). Para dar uma pitada desse assunto, entrevistamos o médico patologista e assessor especial da Comunicação Social da SBP, Gerônimo Júnior, que há 10 anos mantém atividade intensa em seus perfis nas mídias sociais, como Twitter, Instagram e Facebook, além de ser um dos admi- nistradores do grupo científico da SBP no Facebook, que tem hoje cerca de 1.150 membros de todo o País discu- tindo assuntos científicos nas mais diversas áreas da pa- tologia. Gerônimo, que coordenará a Conferência Magna sobre o tema no Congresso de maio, avalia a seguir de que maneira as redes sociais contribuíram para tirar da invisi- bilidade o trabalho do patologista. ANTES DE FALAR SOBRE REDES SOCIAIS, O QUE O LEVOU A ESCOLHER A PATOLOGIA? A avaliação microscópica dos tecidos sempre despertou minha curiosidade. A possibilidade de conhecer e diagnosticar doenças de diferentes órgãos me atraiu quando cursei a dis- ciplina de patologia. E, logicamente, a forma entusiasmada e interessante com que meu pai, também patologista, me apre- sentava sua rotina. QUANDO PERCEBEU QUE A PATOLOGIA E AS MÍDIAS SOCIAIS COMBINAM? Há quase 10 anos, quando criei minha conta no Twitter (@geronimojrlapac, atualmente com 7.660 seguidores) e co- mecei a seguir vários experts, percebi que ali era de fato um ex- celente local para aprender e ensinar. Utilizo basicamente Fa- cebook, Twitter e Instagram, tanto pessoal quanto profissional, e não misturo meu perfil profissional com o pessoal. Ter milha- res de seguidores no Twitter é um número expressivo para um patologista. Comecei a usar as mídias sociais profissionalmen- te em 2010 e meu engajamento foi progressivo, nunca fiz nada buscando reconhecimento. Colegas patologistas estrangeiros têm meu nome como referência mundial em mídias sociais e esse reconhecimento me estimula a continuar engajado. Patologia nas redes POR MADSON DE MORAES Um dos patologistas brasileiros mais ativos nas redes sociais, Dr. Gerônimo Júnior avalia o potencial de plataformas como Facebook e Twitter no desenvolvimento profissional dos patologistas e da própria especialidade Divulgação / SBP

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