Jornal O Patologista Ed. 136_Abr/Jun_2019
12 O Patologista | 136 Segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2018, o País tem aproximadamente 3.200 especialistas em patologia, sendo 56% mulheres. Para confirmar essa predominância feminina, 2020 ficará marcado na história da SBP como a primeira vez que a entidade terá uma mulher como presidente. Durante o 32° Congresso Brasileiro de Patologia, o atual pre- sidente da Sociedade, Clovis Klock, enalteceu o fato e o momen- to histórico da ascensão de Kátia Ramos Leite à presidência. Formada em 1984 pela Faculdade de Medicina da Universi- dade de São Paulo, ela é professora associada da FMUSP, onde chefia o Laboratório de Investigação Médica da Disciplina de Urologia. Além disso, exerce a patologia no Hospital Sírio-Li- banês desde o final da residência médica em 1988 e tem um laboratório privado, o Genoa/LPCM. Atual vice-presidente para Assuntos Acadêmicos, Kátia não tem dúvidas do caminho que vai seguir durante seu mandato: atrair profissionais jovens para a área - apenas 0,5% dos recém- -egressos da graduação escolhe a patologia e a idade média dos patologistas em atividade é de 51 anos - e batalhar por melhor remuneração. “Atualmente, a maior dificuldade do patologista é a remuneração. As tabelas estão congeladas há anos e os in- vestimentos para a organização de um laboratório são grandes, sendo que não existem linhas de financiamento.” O jornal O Patologista conversou com a presidente eleita sobre as perspectivas da especialidade e outros assuntos. COMO A SENHORA AVALIA O ATUAL CENÁRIO DA PATOLOGIA BRASILEIRA? Estamos no mesmo nível que qualquer outro país. Se você vai ao Congresso Americano e Canadense, Latino-Americano ou Europeu, percebe que o nível de conhecimento é o mesmo. A disponibilidade de informação e a internacionalização da pa- tologia brasileira nos mantém na mesma sintonia. Temos pato- logistas muito bem formados. Uma questão importante, que já está ocorrendo entre nós, é a incorporação da patologia molecular. Hoje, os testes moleculares são complementares aos nossos diagnósticos e nós, patologistas, somos os especialistas mais adequados para o exercício dessa nova área. A patologia molecular é um campo amplo e promissor, que nos dá uma oportunida- de única de crescimento. DURANTE A ASSEMBLEIA NO 32º CBP, FOI ANUNCIADA A SUA ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DA SBP NO PRÓXIMO TRIÊNIO. QUAIS SÃO OS PLANOS PARA ESSE PERÍODO? Começamos a traçar um caminho há quatro anos, e ele deve ter continuidade. Nossos objetivos continuam os mesmos. Es- tivemos com o Clovis na vice-presidência durante todo esse período e agora vamos continuar o trabalho. A manutenção da educação continuada é um dos pontos fortes, com aulas Por uma especialidade fortalecida POR FÁBIO BERKLIAN E VINICIUS LIMA COLABORAÇÃO LUANA RODRIGUEZ Para presidente eleita da SBP para o biênio 2020-2022, Kátia Ramos Leite, a remuneração adequada e a formação de novos profissionais são alguns objetivos da próxima gestão da SBP
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