Silvana Gomes de Alvarenga Ribeiro
Se há uma missão difícil, a de expressar no escrito o adeus a uma pessoa é uma das mais penosas. É ainda mais penoso se nos despedimos de uma pessoa com quem contávamos compartilhar ainda muita convivência. Hoje deixa-nos a Silvana, pessoa boa, ou talvez melhor dizendo, bondade em pessoa.
Era patologista, de uma das tradicionais famílias de patologistas de Minas Gerais.
Talvez por ter nascido e convivido entre os grandes, sempre se fez passar por uma pessoa discreta, mas tinha sua grandeza própria, sabia cuidar das coisas, dos diagnósticos que fazia, principalmente vendo as células, nos preparados citológicos, foi assim na Citopatologia que achou seu lugar, atividade que exercia com esmero e competência.
Em se falar de cuidar das coisas, sabia também cuidar de tudo dentro do laboratório, no IRA, Instituto Roberto Alvarenga, que leva o nome de seu pai, que pode sob sua gestão tornar-se uma instituição respeitada, pela conduta ética e qualidade diagnóstica.
Cuidando de tudo, cuidava também do Guaxupé, seu marido e companheiro, de trabalho e de tudo, por quase desde o sempre. Formaram-se médicos na mesma escola, a Faculdade de Ciências Médicas. Graduou-se em medicina em 1983. Já em 1987, tinha o título de especialista em Citopatologia e o de Patologia em 2000.
Além do Guaxupé, deixa uma filha e um filho, e agora dois netos e uma neta. Das últimas notícias ouvira que seu neto estava nascendo, hoje mesmo, jogo de emoções contrárias, vida viva que a vida é, em algum lugar deve estar pensando assim. Fica certo de que nada preencherá a lacuna que deixa.