O presidente da SBP, Clóvis Klock, e o vice-presidente para Assuntos Profissionais da entidade, Dr. Emilio Assis, participaram de reunião semana passada no Ministério da Saúde, em Brasília, para levar propostas de desenvolvimento da patologia no Brasil e soluções para resolver gargalos no setor, que envolvem questões desde a formação de profissionais a incentivos para os investimentos em tecnologia e inovação.
Na pauta da reunião, os representantes da SBP trataram da importância de o Brasil pensar em estratégias e incentivos para aumentar o interesse dos estudantes de medicina na especialidade. Atualmente, cerca de 60% das vagas na residência em patologia estão ociosas. Ambos também demonstraram que o reduzido número de patologistas em atuação, apenas 3.400 em todo o País, pode representar um grande desafio para a saúde pública brasileira no combate ao câncer, visto que esses especialistas são os principais responsáveis pelo diagnóstico e definição dos melhores tratamentos dos tumores em pacientes.
Durante o encontro, os doutores também ressaltaram como a inclusão de procedimentos anatomopatológicos e novos códigos na tabela SUS podem contribuir para a saúde brasileira. “A patologia é fundamental para o diagnóstico de câncer. Sem esta especialidade, é impossível garantir tratamento oncológico de qualidade”, ressalta Assis. “Nesta oportunidade de conversa no Ministério da Saúde, a SBP criou mais um canal de diálogo com a autarquia com vistas a democratizar o acesso da população brasileira aos exames de patologia e, portanto, melhorar a qualidade da assistência no sistema de saúde”, diz o Dr. Klock. O encontro contou com a participação do coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, Dr. Fernando Maia, e do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Dr. Elias Miziara.