Na última sexta-feira, 23 de agosto, membros da diretoria da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) foram recebidos no Ministério da Saúde, em Brasília (DF), por representantes da Secretaria da Atenção Especializada à Saúde (SAES). Na reunião, foram debatidas as dificuldades para o diagnóstico oncológico preciso no Sistema Único de Saúde (SUS) e a carência de médicos patologistas no Brasil.
Participaram da reunião representando a SBP a Drª Marina De Brot, secretária-geral, o Dr. Felipe D’Almeida Costa, vice-presidente para assuntos acadêmicos, e o Dr. Gerônimo Jr., secretário adjunto.
“Não existe solução simples para um problema complexo. Mas há uma sinalização clara do Ministério no interesse em buscar alternativas para reduzir os gargalos na atenção aos pacientes oncológicos. O Ministério está olhando para isso com bastante atenção”, afirma o secretário adjunto.
A reunião também pautou a necessidade de reajuste e modernização da tabela SUS para o diagnóstico e o tratamento do câncer no País. Atualmente, há um déficit entre os valores repassados pelo Ministério e o custo para realização dos procedimentos necessários.
Além disso, diante da carência de patologistas no Brasil, os representantes da SBP pontuaram sobre a baixa procura dos formados em Medicina pela residência em Patologia.
Dados da Demografia Médica no Brasil em 2023 mostram que no País, são 3.824 patologistas, o que representa apenas 0,8% de todos os médicos especialistas brasileiros. Em termos comparativos, existem 56.979 clínicos médicos, 48.654 pediatras e 41.547 cirurgiões gerais, sendo as três especialidades com mais profissionais.
“Foram apresentados esses dados do número de especialistas na área e de quantas horas tais especialistas se dedicam ao SUS. Esses números são alarmantes para o Ministério, que busca soluções e conta com o apoio de nossa sociedade médica”, conclui o Dr. Gerônimo Jr.